A praça está só...
Há uma espada oculta
Conferindo esquinas
Calada sentinela
Entre os bancos da praça
Calando as canções!
O tempo é outro
O sonho é morto
Testemunha vejo
Mercador, confiro
A vida não tem
A medida do amor
Nascidos para ser amplos como o mar...
Nascidos para ser livres como o vôo...
Estamos represa e rochedo!
O gesto não tem
O alcance da Paz...
A praça está só...
O amo é quase
O perdão é quase
Concreto é o câncer!
Concreta é a peste
Decompondo estrelas
O poder da espada
Ensanguentando a fé!
Concreto é o exílio
Encarcerando as almas...
Concreto é o sangue
O sangue do mundo
Cobrindo de rubro
A face do sol!
Onde o amor é quase
O perdão é quase...
Concreto é meu nome
Num muro de pedra
Selando a saudade
Concreta es la muerte
De vivir sin nada
Concreta es la muerte...
También son las madres
Las "Locas de Mayo"
Llorando sus hijos
Hermanos
La suerte...
Onde o amor é quase
O perdão é quase!...
Concreta é a espada
A espadaespadaespadaespada
Concreta es la muerte
De vivir sin nada
Concreta é a dor
E sua cicatriz!
Autor: Miguel Moacir Alves Lima, nascido em Pernambuco, veio para Santa Catarina em 1974 trabalhar como advogado em Xanxerê. Em 1977 ingressou no Ministério Público Estadual, atualmente está aposentado e morando na Bahia.