segunda-feira, 17 de setembro de 2012

TEMPESTADE

Eis que veio a tempestade...

O poeta da paixão quedou-se
ao banhar em seu tempo.

Temerário, sem culpa,
rasgou as poucas vestes
e as remeteu às brasas

De unhas gravadas,
extirpou barbas e espremeu
um a um, cada verme recolhido.
Fez-se um rio de sangue em sua face.

E ele chorou
um novo rio a tecer virgens traços,
renovados rumos em sua gélida agonia.

Poesia de Fátima Venutti, em livro de sua autoria "Tempestade", Blumenau : Novaletra, 2010.

Um comentário:

  1. Valeu Rosane! Adorei o blog e a postagem... Vamos curtit mais literatura de Blumenau... beijios

    ResponderExcluir